Hoje, os 22 estudantes moçambicanos que se queixavam de abandono pelo governo serão transferidos do Sudão para a Etiópia.
O diretor do Instituto Nacional das Comunidades Moçambicanas no Exterior (INACE), Armando Muiuane, confirmou a informação por telefone.
Embora não tenha sido divulgada uma data específica, o diretor do INACE garantiu que, após chegarem à Etiópia, os estudantes retornarão ao seu país de origem e só voltarão ao Sudão quando a segurança permitir que continuem seus estudos.
Até hoje de manhã, os estudantes já estavam prontos para viajar, aguardando apenas o transporte. Acompanhando-os, haverá um padre moçambicano, totalizando 23 cidadãos nacionais que precisavam da assistência do governo no Norte da África.
Os estudantes estavam matriculados em cursos como Engenharia, Arquitetura e Medicina na Universidade Internacional da África.
Desde o início do conflito entre o exército e as forças paramilitares sudanesas no dia 15 deste mês, eles têm enfrentado dificuldades extremas para obter alimentação e outras necessidades básicas, além da insegurança que se instalou no país.
De acordo com as Nações Unidas, o conflito armado no Sudão já causou a morte de mais de 400 pessoas e feriu pouco mais de três mil.
Vários países começaram a evacuar seus cidadãos desde o último sábado à noite. Os Estados Unidos e a Arábia Saudita, segundo a imprensa internacional, já retiraram todo o seu pessoal, incluindo civis e militares.